quinta-feira, 15 de abril de 2010

Barragens e património cultural

“Os Verdes” preocupados com falta de respostas da Ministra da Cultura sobre a Linha do Tua.

A Ministra da Cultura deslocou-se à Assembleia da República, à Comissão de Ética, Sociedade e Cultura, onde foi ouvida sobre a Linha do Tua por iniciativa de “Os Verdes”.


A Deputada Heloísa Apolónia pretendia conhecer a posição do Ministério da Cultura e a avaliação que faz sobre o impacto que a barragem do Foz Tua poderá vir a ter no Alto Douro Vinhateiro - património mundial da humanidade classificado pela UNESCO - caso este empreendimento venha a ser construído.

Depois de salientar a importância da Linha do Tua, não só como património de elevado valor histórico e cultural, uma obra de arte de valor ímpar para a engenharia, mas também como modo de superar o isolamento das populações de Trás-os-Montes ao longo dos tempos, a Deputada ecologista frisou a elevado potencial para o desenvolvimento económico, social e turístico da região que esta linha ferroviária possui.

Heloísa Apolónia confrontou a Ministra da Cultura com o facto de, apesar dos primeiros kms da Linha do Tua integrarem uma área classificada – Alto Douro Vinhateiro - e de esta ser uma linha ferroviária com mais de 120 anos, este ministério não se ter ainda pronunciado sobre o crime patrimonial que poderá vir a ocorrer. Questionou ainda a Ministra sobre a falta de informação à UNESCO, por parte do Governo português, relativamente à eventual construção de um empreendimento como a Barragem do Foz Tua em área classificada.

Tendo “Os Verdes” concluído, pelas respostas e não respostas do Ministério da Cultura, que este ministério não tem dado a devida relevância que, como Ministério da Cultura tinha obrigação de dar a esta matéria, demonstrando até algum desconhecimento da situação. A Deputada ecologista apelou ainda à Ministra para que estude o dossier e se informe de modo a poder contribuir para evitar um crime patrimonial que, como há uns anos se demonstrou em relação à suspensão da barragem de Foz Côa, é possível ainda evitar.



Ajude a salvar a Linha do Tua:

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