segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Conferência de Copenhaga foi rotundo fracasso

Comunicado de Imprensa 19-12-2009

"Os Verdes" consideram que a conferência de Copenhaga resultou num rotundo fracasso.

Com efeito, nem se chegou a um acordo vinculativo, mas nem tão pouco se traçaram metas de redução de emissões de gases com efeito de estufa, nem se definiu um prazo para que um futuro acordo venha a estar definitivamente estabelecido.

O PEV relembra que o período de cumprimento de Quioto está a chegar ao fim (termina em 2012) e, depois disso, há um vazio absoluto na definição de metas de redução de emissões de gases com efeito de estufa.

"Os Verdes" atribuem a responsabilidade deste fracasso aos chefes de Estado e de Governo, com particular responsabilidade para os EUA, que arrastaram as negociações até ao último minuto e que, definitivamente, demonstraram que desde a cimeira de Bali (em 2007) até à conferência de Copenhaga, não mais pensaram nem agiram para o sucesso das negociações. De resto, Obama, havia afirmado, antes da conferência de Copenhaga, que julgava ser muito difícil chegar a um acordo vinculativo.

Como se prova, é caso para dizer, em jeito de uma ironia de revolta, que a conferência de Copenhaga, quase mais não serviu do que para elevar, neste período, a emissão de gases com efeito de estufa com as inúmeras e numerosas delegações que lá se deslocaram... para nada!!

Tudo fica agora adiado para 2010. esperemos que os Chefes de Estado e de Governo entendam que até lá têm um trabalho contínuo a fazer, de modo a que em 2010 não assistamos a um novo fracasso... porque o Planeta precisa de soluções e estamos na eminência de uma crise climática que urge ser resolvida.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Conferência de Copenhaga

O Conselho Nacional do PEV
Lisboa, 12 de Dezembro de 2009


Estamos a meio das duas semanas de trabalhos da Conferência de Copenhaga, que reúne 192 Estados com vista à realização de um acordo global para o combate às alterações climáticas e o PEV não está satisfeito com o decurso dos trabalhos.

Até à data ainda não se sabe se haverá condições para se chegar a um acordo vinculativo, o que demonstra que o combate às alterações climáticas não está tomado como uma prioridade mundial e que se continuam a pôr muitos outros interesses acima deste objectivo global, quando se conhece os efeitos devastadores ao nível económico, social e ambiental que o aquecimento pode vir a ter durante este século, conforme têm indicado os resultados dos 4 relatórios já produzidos pelo IPCC (International Pannel of Climate Change).

A postura dos EUA tem fragilizado muito os eventuais resultados da conferência de Copenhaga. O PEV considera inadmissível que os EUA se proponham a uma meta de redução de gases com efeito de estufa s na ordem dos 3% (se tivermos como valor de referência o ano de 1990), quando se sabe que qualquer meta de redução abaixo dos 25% não contribuirá para atingir níveis de estabilidade mundial que são necessários. Os EUA têm aqui uma dupla responsabilidade mundial que não é de descurar: por um lado são o maior poluidor per capita, e, por outro lado, a sua postura contribuirá para arrastar outros países como a China e a Índia que não integraram o rol de países industrializados no protocolo de Quioto, mas que agora, face aos seus níveis de emissões, não podem ficar de fora. O PEV salienta que se os EUA mantiverem esta proposta ridícula de redução de emissões de gases com efeito de estufa estão a dar um dos maiores contributos para declarar futuras guerras climáticas no mundo.

A União Europeia poderia, na perspectiva do PEV, estar a demonstrar uma posição muito mais forte e determinada, quando leva para Copenhaga uma proposta de redução de emissões de 20% (abaixo dos indicadores do IPCC). Mais, a União Europeia definiu, no seu Conselho Europeu reunido ontem, que disponibilizará uma verba de 7 mil milhões de euros para os países em desenvolvimento, no seu combate ao aquecimento global, mas importa referir que não se está a falar de qualquer montante adicional ao já previsto, o que o torna claramente insuficiente (especialmente quando se continua a gastar tanto em componentes militares – Obama apresentou o maior orçamento militar desde o pós grande guerra, também é bom lembrar) e, para além disso, esse compromisso financeiro remete-se apenas até ao ano de 2012, quando importaria também tratar de metas financeiras para o período pós-Quioto, ou seja, justamente a partir de 2012.

Portugal apresenta-se em Copenhaga com uma posição fragilizada quando não adoptou medidas internas eficazes para a redução de emissões de gases com efeito de estufa, quando continua a tomar medidas no sector dos transportes (o sector que mais tem aumentado os níveis de emissões de CO2) que contrariam esse objectivo e quando vai cumprir apenas administrativamente as suas metas de Quioto, pela compra de quotas de emissões ao estrangeiro, gastando desta forma incompetente o dinheiro dos contribuintes que se encontra no Fundo Português de Carbono.

“Os Verdes” marcaram este dia, juntamente com inúmeros movimentos e partidos ecologistas em vários pontos do mundo, com uma iniciativa de rua na baixa de Lisboa, onde contactaram directamente a população e fizeram um apelo à sensibilização e a uma postura de reivindicação de responsabilidade por parte dos chefes de Estado e de Governo dos países mais industrializados na implementação de medidas internas como o consumo local, que tem implicações extraordinariamente eficazes na redução de CO2.

“Os Verdes” manter-se-ão atentos ao decurso dos trabalhos de Copenhaga e, embora as expectativas não se demonstrem elevadas, desejam que se consiga chegar a um acordo global que contribua para salvar o planeta. O PEV assumirá uma posição atempada sobre as conclusões definitivas de Copenhaga, cujos trabalhos se concluirão no próximo dia 18.


Conclusões do Conselho Nacional do Partido Ecologista "Os Verdes"
http://www.osverdes.pt/

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Acção global contra as alterações climáticas

As alterações climáticas estão aí e são um dos problemas ambientais mais graves que se colocam à vida no planeta.

Os riscos decorrentes da subida média da temperatura e as alterações avassaladoras que esta provoca no meio ambiente já se fazem sentir em vários pontos do mundo, com situações climáticas extremas (secas, inundações, temporais, cheias) e com a subida do nível dos mares, ameaçando populações, património e biodiversidade.

Uma situação que já ninguém pode ignorar, tanto mais que esta tem por principal causa a actividade humana e os modelos de crescimento económico que geram graves problemas ambientais, entre os quais as emissões de gases com efeito de estufa.

Da redução de emissão destes gases, em cerca de 20 a 40% até 2020, e entre 80 a 95% até 2050, tendo por base as emissões mundiais de 1990, depende, segundo a comunidade científica internacional, a contenção do aumento da temperatura global e a nossa sobrevivência comum.

Por isso, é fundamental que durante a Conferência do Clima, que está a decorrer em Copenhaga, em todos os cantos do mundo se façam ouvir vozes no sentido de obrigar os governantes a adoptar compromissos vinculativos, a delinear estratégias eficazes e a tomar medidas concretas para a redução dos gases com efeito de estufa.

Ninguém pode continuar à margem das mudanças urgentes e fundamentais, nem países como os EUA - que são os maiores poluidores do mundo e que se recusaram a subscrever os compromissos do Protocolo de Quioto - nem os países subdesenvolvidos, ou em vias de desenvolvimento, que, tendo também direito ao seu desenvolvimento, não podem repetir e seguir pelos caminhos do crescimento desgarrado com impactos sociais e ambientais dramáticos, que foram prosseguidos pelos ditos países desenvolvidos e que nos colocam hoje perante esta ameaça; nem a União Europeia, que ainda não deu provas de conseguir cumprir até 2012 com os modestos compromissos assumidos em Quioto; nem Portugal que, na cauda da Europa nesta matéria, apresenta 11% de emissões de carbono a mais do que se comprometeu a atingir até 2012; nem nenhum de nós, cujas acções e modo de vida contribuem também para este facto.


Grave ainda é o facto dos resultados apresentados por Portugal estarem não só longe de atingir o compromisso assumido, como serem na realidade obtidos através dum mecanismo artificial de compra e venda de emissões, usando 90 % do Fundo Português de Carbono (115 dos 127 milhões de euros), mecanismo este que não passa duma espécie de “multa por poluição” e que esconde a dimensão real das emissões de gases com efeito de estufa, que se situam num patamar bem superior aos 11%. Portugal só investiu 10% do Fundo Português de Carbono na tomada de medidas efectivas de redução das emissões de gases com efeito de estufa.

A ausência de uma política de transportes públicos eficientes, o encerramento de muitos quilómetros de via férrea em Portugal, o desmantelamento do transporte ferroviário de mercadorias e uma “cultura” obsessiva de promoção de uma política de transportes alicerçada no sector rodoviário mergulhou o País num elevado consumo de combustível fóssil (nomeadamente, o petróleo) com elevadas repercussões no aumento das emissões de CO2 originadas por este sector.

A ausência de combate ao desperdício energético, que atinge perto de 30% em Portugal, e a promoção de uma política energética baseada no incentivo ao aumento de consumo é outro dado que contribui para agravar as emissões de CO2 e põe em causa as medidas de adaptação que seriam necessárias tomar para acautelar e minimizar as consequências ambientais geradas pelas alterações climáticas que afectam o nosso país. O Programa Nacional de Barragens é um dos exemplos mais flagrantes duma resposta errada para o problema energético. Estas barragens, contrariamente à propaganda da EDP e do Governo, vão agravar os problemas já decorrentes das alterações climáticas, como a a perda de biodiversidade e a degradação da qualidade da água, vão aumentar os riscos para as populações, nomeadamente com a erosão da orla costeira resultante da conjugação do aumento da retenção de inertes com a subida do nível dos mares.

O desmantelamento da agricultura portuguesa, decorrente da aceitação cega pelos sucessivos governos portugueses das regras da Política Agrícola Comum e da Organização Mundial do Comércio, mergulhou o País numa total dependência alimentar. Importamos cerca de 75% dos alimentos que consumimos. Todos estes produtos percorrem milhares de quilómetros, em camiões TIR, por barco ou avião, antes de chegarem às prateleiras dos hipermercados, contribuindo para o aumento das emissões de CO2 em Portugal.

Segundo um estudo do IPCC, Portugal é um dos países da União Europeia mais afectados pelas alterações climáticas.

É o nosso futuro que está em causa! É preciso, é urgente reagir e agir.


“Os Verdes” apelam a:

Lutar por mais e melhores transportes públicos e sempre que possível optar por se deslocar em transportes colectivos ou recorrer a transportes menos poluentes, como, por exemplo, o comboio ou a bicicleta.

Recusar o Programa Nacional de Barragens e tomar o máximo de medidas em sua casa para combater o desperdício e poupar energia.

Defender a agricultura portuguesa e optar por consumir produtos locais, exigindo a sua presença nas prateleiras dos hipermercados.

As alterações climáticas não se compadecem com declarações demagógicas e de “faz de conta”; exigem a tomada de medidas concretas e uma mudança de atitudes.

Comece já hoje!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Cimeira de Copenhaga - “Os Verdes” defendem que o clima deve assumir preocupação central

Comunicado de Imprensa 07-12-2009

Inicia-se hoje, em Copenhaga, a cimeira das Nações Unidas sobre o Clima. Apesar das muitas expectativas criadas em torno da mesma, mormente devido ao falhanço que representou o cumprimento do Protocolo de Quioto pela parte de muitos Estados, como é, infelizmente, o caso de Portugal, que foram arrastando a sua inacção, negligentemente adiando o cumprimento dos compromissos assumidos ou mesmo a tomada de medidas para fazer regredir a mudança climática cada vez mais evidente. Já todos percebemos que Copenhaga não será o marco que o mundo necessita, não será o firmar de um novo acordo à escala global sobre o clima para o período de Pós-Quioto, mas sim mais uma etapa para queimar e voltar a adiar.

Esta tem sido uma grande preocupação sempre presente na agenda d' “Os Verdes” que tem sido uma voz permanente denunciando que, se Portugal está hoje mais longe de conseguir reduzir os níveis de poluição para valores semelhantes aos de 1990+27%, isso deve-se a uma grande falta de vontade política e a uma concepção do desenvolvimento insustentável e irracional do país que não tem perspectivado o futuro e muito menos o bem estar das populações.

Hoje pressente-se que a Cimeira de Copenhaga será uma frustração. Os grandes países desenvolvidos não conseguiram dar o salto e encarar o problema do Dióxido de Carbono, do petróleo e do clima como uma questão de sobrevivência e de futuro. Será mais um assumir de tímidos passos e de quase inócuos compromissos. Convém lembrar que um novo compromisso político (e não juridicamente vinculativo) foi o que saiu da Conferência de Bali, há dois anos! Sair de Copenhaga com novo compromisso político e nenhum Tratado Internacional é assumir que estes últimos dois anos foram tempo perdido, tempo precioso que não nos podemos dar ao luxo de perder…

“Os Verdes”, com base nas preocupações, alertas e dados da comunidade científica sobre o que é fundamental e inadiável fazer, assumiram que um compromisso lógico, realista e eficaz exigiria a redução, até 2020, em 40% dos gases com efeito de estufa na Atmosfera, com base nos valores de referência de 1990 e em 80% até 2050. Só assim, e segundo os peritos do clima, se conseguirá evitar que a temperatura média do Planeta suba mais de 2º C!

Ora pelo que já vimos que está em cima da mesa, teremos mais do mesmo, muitas boas intenções, pequenos passos e grandes discursos. Portugal nestes anos e com diferentes Governos conseguiu não dar prioridade a esta questão e mesmo inverter a sua lógica. Se as subidas do preço do petróleo e o desmantelar do sector produtivo e industrial do país fizeram mais pela redução da nossa contribuição climática do que qualquer outra medida que algum Governo tenha implementado, elas não só não conseguiram definitivamente levar Portugal assumir só o aumento de 27% de GEE, com referência a 1990, como contribuíram antes para uma maior dependência do nosso país do exterior.

O desmantelamento dos transportes públicos, o aumento abissal dos seus preços e a sua degradação, o aumento do recurso ao automóvel, muitas vezes por falta de alternativas, a desactivação de linhas ferroviárias, o aumento da importação de mercadorias e bens de consumo devido à destruição do aparelho produtivo nacional, foram opções políticas assumidas por sucessivos governos de Portugal que contribuíram para que neste momento estejamos muito longe de poder cumprir o Protocolo de Quioto sem ser pela via das multas (comprando licenças de emissões ou com investimento em países terceiros).

O Partido Ecologista “Os Verdes” irá associar-se, no próximo dia 12 de Dezembro, ao movimento internacional e a milhares de organizações, movimentos e partidos verdes, para protestar contra a falta de medidas e a urgência de se encarar as alterações climáticas como provavelmente o maior problema do Século e para que se chegue a um acordo duradoiro e realista em Copenhaga.

O Gabinete de Imprensa de “Os Verdes”
(T: 213 919 642 - F: 213 917 424 – TM: 917 462 769 - imprensa.verdes@pev.parlamento.pt)
http://www.osverdes.pt/
Lisboa, 7 de Dezembro de 2009


ACÇÃO DE SENSIBILIZAÇÃO - “GLOBAL CLIMATE CAMPAGNE”
Sábado – 12 de Dezembro – 11.00/12.30h
Rua Augusta, no cruzamento com a Rua da Vitória – Lisboa

sábado, 5 de dezembro de 2009

Plano e Orçamento para 2010: propostas da CDU marcaram a diferença

Dando corpo aos compromissos assumidos com os açorianos no seu Manifesto Eleitoral, a CDU Açores interveio de forma crítica, firme e construtiva no debate do Plano e Orçamento da Região para 2010 e conseguiu marcar efectivamente a diferença pela relevância da sua intervenção e pelo conteúdo das suas propostas, que correspondem a alguns dos problemas mais agudamente sentidos nos Açores.

De facto, a CDU conseguiu fazer aprovar um conjunto de medidas que irão ter impactos directos e positivos na vida dos açorianos, nomeadamente:

- O reforço de verbas para o Plano Regional de Combate à Precariedade, Subemprego e Trabalho Ilegal, em 170 mil Euros, de forma a tornar finalmente operacional este instrumento de combate às múltiplas situações de trabalho precário ou ilegal que se têm generalizado no nosso arquipélago;

- O reforço de meios para a Inspecção Regional de Trabalho, reforçando as suas verbas em 200 mil Euros, para fortalecer um dos principais meios de fiscalização e defesa dos direitos dos trabalhadores, que tem sido cronicamente subfinanciado;

- A atribuição de subsídio de almoço aos jovens estagiários dos programas Estagiar, sendo uma responsabilidade assumida pelas empresas e não sobrecarregando as despesas regionais. Esta é uma causa pela qual a CDU Açores se tem batido e se continuará a bater, que é a da atribuição de direitos sociais mínimos aos nossos jovens no início da sua vida activa;

- A criação de um plano para melhorar a acessibilidade dos edifícios públicos pelos cidadãos portadores de deficiência, num investimento de 200 mil Euros destinados a suportar um conjunto de intervenções e adaptações para melhorar as condições e a dignidade do acesso dos cidadãos portadores de deficiência aos edifícios públicos;

- O reforço dos apoios às empresas artesanais, num valor de mais 100 mil Euros, para valorizar e divulgar os nossos produtos e saberes tradicionais, num sector que se tem expandido e que se revela uma mais valia importante para a Região;

- O Aumento do apoio ao Micro Crédito, num valor de 120 mil Euros, apostando nesta forma de empreendedorismo que tem ganhado cada vez mais relevância para a criação de emprego e melhoria de situações sociais.

A CDU Açores irá exigir do Governo Regional o efectivo cumprimento destas medidas e potenciará a sua eficácia através de futuras iniciativas políticas e legislativas.

Embora estes tenham sido factos positivos, a não aprovação de outras propostas apresentadas pela CDU Açores demonstra a falta de vontade da maioria socialista de efectuar a verdadeira e profunda viragem política que a situação do nosso arquipélago.

Assim, foram reprovadas as seguintes propostas:

- O aumento do Complemento Regional de Pensão para 60€, representando um esforço de investimento de 6 milhões de Euros, contribuindo para minorar os efeitos das pensões baixas que colocam tantos dos nossos reformados numa situação de verdadeira miséria e exclusão social;

- A aquisição de um barco especializado para o transporte de doentes entre as ilhas do Faial e do Pico, dando resposta a uma antiga aspiração das populações e evitando que as deslocações e evacuações de doentes continuem a ser efectuadas por embarcações mal adaptadas, sem condições e com grandes constrangimentos e atrasos;

- A criação de verdadeiros passes sociais, entendidos enquanto apoio ao preço do bilhete, diminuindo os custos para os utilizadores, e não como apenas a criação de bilhetes inter-modais, num esforço de investimento de 1 milhão de Euros;

- O Reforço de verbas para a Rede regional de Cuidados Continuados, no valor de 500 mil Euros, para melhorar o apoio aos idosos, doentes crónicos e cidadãos em situação de elevado grau de dependência;

- A efectiva implementação da Educação Sexual nas escolas da Região, através de uma dotação orçamental no valor de 100 mil Euros, cumprindo o que está já previsto na lei e criando finalmente este espaço fundamental de aprendizagem para melhorar a saúde sexual e reprodutiva das jovens gerações de açorianos;

- A obrigação de futuras privatizações de empresas regionais serem discutidas no Parlamento, considerando que pela relevância deste assunto o Governo deve discuti-lo na Assembleia Regional, que é a sede do poder Autonómico.

A CDU Açores não deixará de lutar por estas propostas, convicta da imperiosa urgência de uma real mudança de políticas que possa criar uma Região mais desenvolvida, equilibrada e justa.


30 de Novembro de 2009

O Deputado Regional do PCP

Aníbal Pires

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Novo livro sobre a Flora dos Açores

“Mais de dois terços da flora indígena açoriana, um património natural único dos Açores, corre sérios riscos de desaparecimento.”


Silva L, M Martins, G Maciel, M Moura. 2009.
Flora vascular dos Açores. Prioridades em conservação.
Amigos dos Açores & CCPA, Ponta Delgada.


No novo livro publicado são analisadas as prioridades de conservação de 179 espécies de plantas nativas dos Açores.

Das aproximadamente 947 espécies da flora vascular dos Açores, menos de 300 espécies são nativas, sendo o resto introduzidas. Dentro das espécies que são nativas, 72 são exclusivas dos Açores (endémicas), não existindo em nenhum outro lugar do mundo. Infelizmente, 52 destas plantas encontram-se seriamente ameaçadas.

O livro lembra o seguinte: “Os serviços ecossistémicos prestados pela biosfera incluem a manutenção dos elementos necessários à vida e bem-estar, alimentos, medicamentos, água e oxigénio. E, realmente, existe um limite para a capacidade de substituição, pelo engenho humano e pela tecnologia, desses serviços naturais, pelo que são de extremo valor.”

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nota de imprensa da CDU/São Miguel

A Comissão Permanente da CDU/São Miguel analisou a situação decorrente do ciclo eleitoral deste ano e a actual situação política e social em São Miguel, na região e no país.

A CDU considera inadmissível o aumento da pobreza, decorrente em parte dos baixos salários: 55,3% dos trabalhadores açorianos recebem um salário mensal inferior a 600€ e na agricultura e pescas 63,5%. E também do desemprego, que no arquipélago e em particular na ilha de São Miguel aumentou exponencialmente 51,8% comparado com o mesmo mês de 2008.

A CDU/São Miguel manifesta a sua solidariedade para com os professores, atingidos pelas mais diversas injustiças nas escolas da ilha, e com os trabalhadores da ICTS, vítimas um despedimento colectivo ilegal por causa duma greve.

A CDU vai continuar a empenhar-se e a intervir com os trabalhadores, os agricultores, os pescadores e as populações para encontrar as respostas aos seus anseios e aspirações a uma vida melhor.

Ver Nota de imprensa

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Requerimento da CDU sobre o Parque Zoológico da Povoação

Aníbal Pires, deputado regional da CDU, apresentou um requerimento na Assembleia Regional solicitando ao governo informação sobre as condições de licenciamento do Parque Zoológico da Povoação, assim como sobre o necessário cumprimento das normas técnicas referidas na legislação vigente.



São ainda de referir as declarações do médico veterinário municipal, aparecidas no Açoriano Oriental. Para ele, "o parque tem condições mínimas e os animais são impecavelmente tratados". Isso apesar de que possa existir "por vezes, um ou outro animal com falta de espaço", o que se trata de "situações transitórias".

Em relação a isto, basta comparar as fotografias actuais e as do ano 2003 para perceber que a situações transitórias são, na realidade, uma normalidade que dura pelo menos há seis anos. E as instalações parecem agora mais degradadas. As fotografias também dão para perceber o que é, por vezes, falta de espaço e o que é tratar bem os animais.

Os animais merecem muito melhores condições. E nós também.





Texto da nota de imprensa da representação parlamentar do PCP-CDU:

CDU PREOCUPADA COM FALTA DE CONDIÇÕES DO PARQUE ZOOLÓGICO DA POVOAÇÃO

A CDU está preocupada com a nítida falta de condições do espaço do Parque Zoológico do Concelho da Povoação e pediu esclarecimentos ao governo, através de requerimento hoje entregue na Assembleia Legislativa Regional.

Para a CDU é motivo de preocupação que um conjunto de exemplares de fauna selvagem seja mantido em gaiolas de dimensões reduzidas e em más condições de higiene e salubridade, ao arrepio da lei vigente para este tipo de instalações.

A situação é tanto mais grave quanto a intenção pedagógica que assiste à criação deste tipo de parque é claramente incompatível com condições de detenção dos animais que são nitidamente causadoras de stress, desconforto e sofrimento injustificados.

Sendo o parque propriedade da Câmara Municipal da Povoação, competiria aos poderes públicos dar o exemplo de boas práticas ambientais e respeito pelas normas do bem-estar animal. Mas infelizmente não é assim.

A CDU exige ao Governo que proceda a uma nova fiscalização deste espaço e tome as medidas necessárias para que esta situação seja rapidamente corrigida.

20 de Outubro de 2009
O Deputado Regional do PCP
Aníbal Pires


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Jardim zoológico da Povoação

Uma visita à histórica vila da Povoação, em São Miguel, permite confrontar-nos com um espectáculo bastante penoso e deprimente. No centro da vila podemos encontrar um pequeno jardim em cuja porta se exibe uma placa com o surpreendente nome de “Parque Zoológico”.

No interior, encontramos uma série de gaiolas de muito reduzidas dimensões nas quais estão fechados uma série de animais, tanto silvestres como domésticos. As condições em que estão conservados estes animais são bastante deploráveis. É um espectáculo que faz lembrar as tristes colecções zoológicas de há dois séculos. Os turistas que chegam a visitar este jardim ficam normalmente incomodados e cheios de pena dos animais.

Num canto do jardim, encontramos umas gaiolas maiores com uns macacos. Um cartaz avisa para não se aproximar da gaiola na qual estão fechados dois babuínos, anunciados como potencialmente perigosos. Com aparência inocente, um deles estica a mão pedindo comida. Ao lado estão outros cinco macacos, mais pequenos, de aspecto triste e melancólico.

Num dos lados, há uma construção estreitíssima dividida em várias gaiolas que são simples caixas de cimento, onde se encontram fechados uma série de papagaios. Dois deles são araras, aves de grande porte, fechados em gaiolas diferentes. Nelas têm um único poleiro no qual pousar-se, sem nunca poder voar minimamente. Um deles percorre desesperadamente a tripla rede metálica que o separa dos visitantes. Outros papagaios mais pequenos, gritando estridentemente, estão fechados em gaiolas sobrelotadas e igualmente sujas.

Há também outras casinhas com pássaros exóticos. Numa delas, há indivíduos de bico de lacre, uma espécie considerada invasora e que, portanto, devia estar numas instalações muito mais seguras. Junto a ela, há algumas espécies nativas como estorninhos, melros ou canários. O melro exibe uma cauda esburacada pelos parasitas. Noutras construções do jardim há animais domésticos, em principio menos problemáticos, fechados também em gaiolas mínimas e sujas.

Este jardim zoológico, pertencente à câmara municipal, não parece cumprir nenhuma das regras exigidas pela actual legislação. Segundo o Decreto-Lei n.º 59/2003 (transposição nacional da Directiva europea n.º 1999/22/CE), os parques zoológicos devem, de forma necessária e obrigatória, alojar os animais em condições que assegurem o seu bem-estar. Devem, por exemplo, proporcionar aos animais um espaço adequado à exibição de comportamentos naturais. Mas também devem cumprir adequados padrões de higiene. Todos os animais devem ter tratamento médico veterinário regular e ser cuidados por pessoal técnico competente. Para além disso, os parques zoológicos têm a obrigação de educar o público no que respeita à preservação da biodiversidade, para o qual devem possuir e executar um programa pedagógico. Caso contrário, o jardim deve ser encerrado.

Em resumo, os animais devem ser tratados dignamente, e não como simples objectos ou brinquedos. O espectáculo degradante de animais fechados em gaiolas mínimas e sujas não dignifica os animais, mas também não dignifica os visitantes do jardim nem a própria vila da Povoação.


***

Lista das principais espécies presentes, para além de diversas espécies ou variedades domésticas:

MAMÍFEROS:

Primates: Papio cynocephalus (2), Cercopithecus aethiops (5).

AVES EXÓTICAS:

Psittacidae: Ara ararauna (1), Ara chloroptera (1), Cyanoliseus patagonus (6), Melopsittacus undulatus (14). (Nota: o número de espécies tem-se reduzido, já que em 2003 havia ainda Pseudeos fuscata, Poicephalus senegalus, Psittacula krameri e Nymphicus hollandicus.)

Estrildidae: Estrilda astrild (3), Taeniopygia guttata (7).

Galliformes: Chrysolophus pictus, Lophura nycthemera, Numida meleagris, Pavo cristatus.

AVES NATIVAS:

Sturnus vulgaris (1), Turdus merula (1), Serinus canaria (4).


terça-feira, 13 de outubro de 2009

“Os Verdes” analisam resultados eleitorais

A Comissão Executiva Nacional do Partido Ecologista “Os Verdes”, reunida hoje, apreciou os resultados das eleições autárquicas que tiveram lugar ontem, dia 11 de Outubro, por todo o país elegendo democraticamente os membros dos órgãos do poder local que tão importante papel desempenham na Democracia portuguesa, sobretudo pela proximidade que têm à vida e interesses das populações.

Como factos positivos para a CDU, coligação que “Os Verdes” integram, registamos, desde logo, a manutenção da CDU como 3ª força política nacional a nível autárquico e como a grande força de esquerda imprescindível à Democracia portuguesa, bem como as três novas Câmaras conquistadas nestas eleições: Alpiarça, Alvito e Crato.

A CDU viu ainda consolidada a sua posição em muitos municípios onde já era maioria, designadamente no distrito de Setúbal, confirmando-se como primeira força politica na Área Metropolitana de Lisboa, e conseguiu manter lugares importantes na oposição que nos permitirão agir como garantes da transparência e voz activa da esquerda na defesa dos interesses das populações, nomeadamente nas Câmaras de Lisboa e Porto.

Como factos negativos registamos naturalmente a perda de eleitos, assim como a presidência em algumas Câmaras, embora nem sempre de forma democraticamente leal, como foi, aparentemente, o caso do município de Beja.

Contudo, neste momento, importa reafirmar que, independentemente de estarmos em maioria ou em minoria, os eleitos de “Os Verdes” nas autarquias serão sempre parte activa na resolução dos problemas ambientais e sociais das populações e uma voz permanente na proposta e na defesa de soluções para uma vida melhor.

A Comissão Executiva Nacional saúda vivamente todos os candidatos, militantes e activistas do Partido Ecologista “Os Verdes”, bem como do Partido Comunista Português, da Intervenção Democrática e os muitos independentes que, por todo o país, tiveram a seu cargo, com o sacrifício do seu tempo pessoal e familiar, fazer da campanha da CDU uma realidade sólida, levando as propostas de cada lista e os princípios do trabalho, da honestidade e da competência até aos eleitores.

Lisboa, 12 de Outubro de 2009

Comissão Executiva Nacional

Resultados das eleições autárquicas nos Açores.

Os resultados das eleições autárquicas nos Açores causam alguma decepção na CDU, que mostra uma leve descida em relação às anteriores eleições autárquicas. Os melhores resultados nas votações para as Assembleias do que nas votações para as Câmaras parecem mostrar a bipolarização eleitoral existente entre os dois grandes partidos para a eleição do presidente da câmara, com a consequente perda de votos entre os partidos pequenos. Para Aníbal Pires, “num quadro de forte bipolarização que marcou estas eleições, a luta política tornou-se extremamente difícil para quem não detinha nem poder regional, nem poder autárquico, o que torna para forças como a CDU toda este percurso muito mais exigente”.

Nas eleições para as Câmaras Municipais, a CDU conseguiu 2.115 votos (1,71%), menos do que os 3.254 votos (2,91%) conseguidos em 2005. Para as Assembleias Municipais conseguiu 2.729 votos (2,21%), menos do que os 3.356 votos (3%) anteriores. E para as Assembleias de Freguesia conseguiu 1.689 votos (1,38%), mais do que os 1.631 votos (1,47%) anteriores. A abstenção foi semelhante, por volta de 44%.

Infelizmente, esta descida reflecte-se numa significativa perda de mandatos, reduzidos a quatro representantes nas Assembleias Municipais da Horta, Santa Cruz das Flores e Vila do Porto. E ainda mais quatro representantes nas freguesias da Horta. Pela positiva, destaca-se o aumento registado na ilha de Santa Maria. Para o candidato à Câmara, Daniel Gonçalves, “Não fomos muitos mas fizemos mais do que estávamos à espera. Ouviram-nos e sobretudo ouvimos os outros.

http://www.autarquicas2009.mj.pt/

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Santa Maria: uma ilha exemplar

A CDU concorre à Câmara Municipal de Vila do Porto tendo como cabeça de lista Daniel Gonçalves, membro de “Os Verdes”. Texto aparecido no último número do Contacto Verde, boletim informativo do PEV:


Uma ilha exemplar

A ilha mais antiga dos Açores tem todas as condições para ser exemplar. Mas não é.

A ilha é pequena, com cerca de 97 km2. Tem imensos casos registados de endemismos, na flora e na fauna. É um tesouro fossilífero, com fósseis que datam de há 5 milhões de anos, coisa rara para uma ilha vulcânica no meio do oceano. Tem um clima óptimo e apenas cinco mil pessoas. Apetece viver aqui. À primeira vista é tudo bom. Mas não é.

Basta um pequeno retrato para percebermos que estamos a falar de um lugar especial. Em altura de eleições ainda é mais especial. Não vai há três semanas e o Governo Regional anunciou um pacote de 35 medidas excepcionais e ainda hoje, 24 de Setembro, se reforçou a importância do pólo da ESA (European Space Agency) para os próximos anos.

As promessas e os compromissos eleitorais da CDU são mais modestos, mas talvez sejam mais realistas, exequíveis e “cumpríveis”. Esta ilha tem todas as condições para pôr em prática um conjunto de medidas que podem tornar este concelho o mais verde de Portugal. Tornar Santa Maria exemplar é um objectivo fundamental para “Os Verdes”. Antes, contudo, de enunciarmos as medidas centrais do programa para estas eleições, vejamos quais são os principais problemas a tratar: não existe um plano de gestão dos recursos aquíferos (a água escasseia frequentemente no Verão); não há um aterro sanitário digno do nome; não há recolha selectiva do lixo; embora haja condições para tal, não se produzem legumes, frutas ou outros alimentos, importando-se quase tudo; a desertificação acentua-se nalgumas zonas e a cultura intensiva de pastagem e criação de gado contribuem para agudizar este problema; os jovens abandonam a ilha por falta de emprego e os idosos e outras pessoas com mobilidade reduzida não têm acesso facilitado aos locais púbicos; não há creches públicas e cada vez que uma grávida se aproxima do nono mês, tem de se deslocar à ilha de São Miguel e esperar pelo parto. Estes são apenas alguns dos problemas que advêm, sobretudo, da insularidade e da ultra periferia da ilha.

“Os Verdes” têm soluções ao nível da protecção do ambiente, mas vão muito mais além das questões ecológicas, o desenvolvimento sustentado da sociedade é algo nuclear e importante. Por isso é que o Programa Eleitoral da CDU à Câmara Municipal de Vila do Porto contém questões essenciais para o desenvolvimento harmonioso da comunidade, destacando-se as seguintes medidas: a erradicação dos sacos de plástico do comércio local; o incentivo ao consumir local produzir local, nomeadamente com a (re)introdução da produção de citrinos, novas culturas de legumes e cereais; a criação de mais reservas ecológicas terrestres e marítimas, incentivando os pescadores a não pescar e determinadas zonas e a explorá-las, depois, do ponto de vista turístico: um mero pode valer 150€ na lota, mas no fundo do mar vale milhares de euros consecutivamente, pois são dos peixes mais admirados pelos mergulhadores; tornar Vila do Porto numa vila amiga de pessoas com mobilidade condicionada e preparada para o envelhecimento progressivo da população, é uma das medidas que deve ser implementada a curto prazo, pois não há condições mínimas, neste momento, para assegurar igualdade de condições a todos os cidadãos; os moinhos de vento são ícones de um passado de trabalhos forçados e facilitados pela força eólica: podem transformar-se em ícones de consciencialização ambiental, mostrando que as energias renováveis são o futuro das sociedades e que fazem mover as pessoas numa direcção onde o desenvolvimento sustentado ditará as regras da felicidade dos homens.

Daniel Gonçalves
Cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal Vila do Porto
Candidato proposto por “Os Verdes”

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Manifesto Verde para as Eleições Autárquicas 2009

As autarquias são, inquestionavelmente, e depois do 25 de Abril de 1974, os órgãos do Poder mais próximos das populações e são também o espaço privilegiado para se promover e poder afirmar a verdadeira democracia participativa.

Intervir localmente para actuar socialmente, é o caminho para um futuro mais humanizado e a forma de fomentar e ajudar a consolidar uma sociedade mais harmoniosa e solidária.

Incentivar a participação e o envolvimento das populações e das suas organizações nas tomadas de decisão, garantindo-lhes o fácil acesso à informação e promovendo a descentralização aos mais diversos níveis, mobiliza eleitos e eleitores na defesa dos interesses locais e torna-se decisivo para a resolução dos problemas.

Os eleitos “Verdes” nas autarquias assumem o compromisso de intervir, com todo o seu empenho, na protecção do ambiente, na luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, no respeito pela diferença, no apoio aos idosos e aos mais carenciados, com o objectivo de promover um verdadeiro desenvolvimento sustentável e contribuir para um mundo mais justo e sem exclusão.

Os “Verdes” concorrem às eleições autárquicas de 2009 integrados na CDU – Coligação Democrática Unitária.

A CDU prestigia o Poder Local porque os eleitos da CDU nas autarquias contribuem de forma decisiva para uma gestão rigorosa, transparente e competente.


Da nossa intervenção futura relevamos algumas áreas e alguns dos nossos compromissos:

Ambiente

Promoveremos a educação para o ambiente, a informação e a sensibilização das populações, intervindo em especial junto das escolas.
Defenderemos a conservação e preservação do património natural, cultural e arquitectónico, bem como da biodiversidade e dos recursos naturais.
Incentivaremos a recolha selectiva de resíduos e a sua posterior reutilização e reciclagem.

Mobilidade e transportes

Fomentaremos a utilização do transporte público como meio preferencial de deslocação e pugnaremos pela sua eficácia.
Promoveremos a utilização da bicicleta e de outras formas de mobilidade suave e apoiaremos a criação de mais pistas cicláveis.

Água

Consideramos a água como um bem público a que todos devem ter igualdade no acesso. Por isso, e porque não aceitamos que a água seja tratada como uma mercadoria, defenderemos intransigentemente a Gestão Pública dos serviços de captação e abastecimento de água, bem como do tratamento das águas residuais.
Consideramos fundamental o combate aos desperdícios e o desenvolvimento de sistemas de reutilização das águas tratadas e de aproveitamento das águas pluviais.
Combateremos a poluição dos nossos rios e ribeiras e zelaremos pelo funcionamento eficaz das estações de tratamento de águas residuais ( ETARs ).

Energia

Incentivaremos e apoiaremos todas as iniciativas e todos os projectos que promovam a poupança de energia e a eficiência energética.
Apoiaremos todas as acções de informação e sensibilização para a poupança.
Apoiaremos o recurso a mais e novas fontes de energia renovável.
Rejeitaremos liminarmente a produção de energia nuclear e a instalação em todo o território nacional ou junto às nossas fronteiras de qualquer depósito de resíduos nucleares.

Alimentação

Apoiaremos a produção local e familiar, e em particular a vertente biológica, como forma de desenvolvimento das economias locais.
Recusaremos a produção de Organismos Geneticamente Modificados e defenderemos que em todos os serviços públicos sob responsabilidade municipal, nomeadamente nas escolas, não sejam servidos alimentos que contenham OGMs.

Social

Defenderemos nas autarquias uma escola pública de qualidade e pugnaremos por um melhor ensino público.
Pugnaremos por um acesso universal aos cuidados médicos de saúde e por um melhor funcionamento do Serviço Nacional de Saúde.
Promoveremos o apoio às populações mais carenciadas e a criação de serviços de apoio à população mais idosa.
Rejeitaremos todo e qualquer tipo de exclusão.
Incentivaremos a prática desportiva e outras expressões de índole cultural.
Estimularemos a criação de novos empregos.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Resultados das eleições nos Açores.

Os resultados das eleições legislativas assinalam uma significativa subida da CDU nos Açores. Para Aníbal Pires, “a CDU cresce e continua a afirmar-se como uma força indispensável na sociedade portuguesa”.

Nos Açores, a CDU conseguiu 2.072 votos (2,18%), mais do que os 1.556 votos (1,7%) conseguidos em 2005. A abstenção voltou a subir: votaram 43,94% dos eleitores (em 2005 foram 48,12%).

Já a nível nacional, a CDU conseguiu 446.172 votos (7,88%), mais do que os 432.009 votos (7,56%) conseguidos em 2005. Só votaram 60,54% dos eleitores (em 2005 foram 65,03%).

http://www.legislativas2009.mj.pt/

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Manifesto Verde para as Eleições Legislativas 2009

8 razões para votar verde no dia 27 de Setembro

Com provas dadas e com um rico património construído ao longo dos mais de 27 anos de existência, “Os Verdes” apresentam-se como um projecto alternativo de sociedade por oposição ao assalto neoliberal, capitalista e militarista do mundo de hoje, caracterizado por uma acentuação das desigualdades sociais, pela precarização do emprego, pela degradação do ambiente, pela devastação dos recursos naturais, pelo ataque aos serviços públicos, pelas constantes restrições aos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, pelo desperdício energético, pelas alterações climáticas e pela Guerra.

Quatro anos e meio de Governo PS acentuaram a venda a retalho do país, a degradação das condições económicas e sociais, a degradação das áreas protegidas e da conservação da natureza. Esta maioria absoluta neoliberal do PS, ao contrário das suas promessas eleitorais, fomentou o aumento do desemprego, a degradação do sistema nacional de saúde e a perda de direitos, a degradação da escola pública e o aumento do abandono escolar. Consumou uma desresponsabilização sem precedentes do papel do Estado, favorecendo despreocupada e descaradamente o sector privado deixando-se cair num desnorteamento político e sem soluções visíveis.

É urgente uma política diferente, que defenda o interesse nacional, focando-se no desenvolvimento do país e na solução para os problemas que afectam os portugueses.

As eleições legislativas de 27 de Setembro são uma oportunidade para a mudança, para reforçar “Os Verdes” e a CDU.

“Os Verdes” apresentam 8 compromissos estratégicos urgentes para uma verdadeira transformação e para a construção de uma sociedade mais verde, com base num eco-desenvolvimento de longo prazo.

Continuaremos a empenhar-nos, tal como temos feito até agora, na implementação destas políticas, a ser porta-vozes das populações, dos rios e das montanhas, dos nossos recursos endógenos. Só assim se conseguirá dar resposta aos nossos problemas e encontrar um novo caminho para o País, com mais justiça social e melhor qualidade de vida para os Portugueses.

1. Com “Os Verdes” contra o desemprego e por emprego com direitos

Actualmente o desemprego afecta mais de 650 mil portugueses.

Os sucessivos governos fizeram acentuar as desigualdades sociais, a pobreza e a exclusão social.

O novo Código do Trabalho, na versão do PS, constituiu um verdadeiro retrocesso nos direitos dos trabalhadores e aumentou a precariedade, a exploração, o trabalho ilegal e sem direitos.

A obsessão pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento, invocando a redução do défice, não se adequa às necessidades do nosso país e traduz-se em substanciais cortes orçamentais, diminuindo o investimento público, pondo em risco sectores fundamentais da nossa frágil economia e destruindo milhares de postos de trabalho.

- “Os Verdes” defendem um aumento dos salários, das pensões e reformas para fazer face aos elevados custos de vida.
- Prioridade ao combate ao desemprego.
- Criação de condições para a fixação das populações no interior do país e o seu desenvolvimento.
- Por uma lei laboral que proteja os direitos dos trabalhadores e que combata a precariedade.

2. Com “Os Verdes” pela gestão pública da água

A água tem de ser encarada como um Direito e não como uma mercadoria!

É um bem fundamental à vida e ao desenvolvimento, tendo o Estado a responsabilidade de gerir a água visando o desenvolvimento sustentável, nunca podendo pôr em causa o bem-estar das populações nem o equilíbrio ambiental.

- “Os Verdes” opõem-se firmemente às políticas de mercantilização da água. Este bem insubstituível tem de continuar nas mãos do sector público.
- Pela exploração e gestão pública da água.
- Por serviços de qualidade e a preços socialmente justos.
- Pela promoção da poupança da água.
- Pelo reaproveitamento das águas residuais tratadas.
- Pelo combate à poluição dos recursos hídricos.

3. Com “Os Verdes” pela defesa de Serviços públicos e de qualidade

Nos últimos anos temos assistido a constantes ataques, através de políticas de liberalização e privatização, a serviços públicos fundamentais para o progresso económico, social e ambiental do país.

O Estado tem de assumir e reforçar o seu papel na defesa do sector público, sob pena de o entregar a multinacionais que apenas têm fins lucrativos.

Foi o que sucedeu na saúde com as políticas dos sucessivos governos a fragilizarem o Serviço Nacional de Saúde (SNS) devido a uma gestão economicista, com a gestão privada de dezenas de hospitais, com o aumento dos custos de saúde.

Foi o que sucedeu na educação, com o desinvestimento na rede escolar pública, com a crescente elitização do ensino, com o aumento dos custos de ensino.

Foi o que sucedeu na segurança social com a introdução de uma privatização parcial.

Foi o que sucedeu na justiça com o insuficiente investimento e a falta de meios.

- “Os Verdes” defendem o fim do processo de privatizações e o cancelamento dos processos em curso, a par da responsabilidade do Estado na prestação desses serviços.
- Defendemos o desenvolvimento de uma política que promova e reforce o sector público nacional e os serviços públicos: saúde, educação, transportes, água, energia, segurança social, justiça, telecomunicações, garantido qualidade, eficiência e o seu acesso universal.

4. Com “Os Verdes” por uma política energética sustentável

Actualmente, Portugal tem uma dependência externa de energia de cerca de 85%. Esta dependência pode ser reduzida através do aumento da produção nacional a partir de energias renováveis e sustentáveis.

A política energética não pode estar subjugada aos interesses das empresas, que apenas visam o lucro com prejuízo para o ambiente. Foi sob esta lógica que o Governo PS apresentou a construção de mais barragens.

- “Os Verdes” defendem a eficiência e poupança energética.
- Defendemos a aposta e o investimento em energias renováveis e sustentáveis.
- Defendemos a diminuição da dependência energética externa.
- Opomo-nos à construção de uma central nuclear no nosso país e de cemitérios nucleares nas nossas fronteiras ou junto a estas.
- Defendemos a gestão pública das empresas do sector energético.

5. Com “Os Verdes” pela defesa de uma mobilidade sustentável

O sector dos transportes é essencial e estratégico para a economia e desenvolvimento do país e deve assentar numa gestão pública.

Temos assistido a outsourcings que entregam empresas de transportes ou parte delas ao sector privado, o que tem provocado uma verdadeira desarticulação entre os vários operadores de transporte, fomentando a utilização massiva do automóvel em detrimento da utilização do transporte público, o que leva a uma agressão ambiental cada vez mais intensa, causada pela emissão de gases com efeito de estufa.

- “Os Verdes” defendem a gestão pública dos transportes colectivos, com preços socialmente justos.
- Defendemos uma reestruturação do sector visando uma progressiva utilização de transportes públicos.
- Defendemos a complementaridade e a intermodalidade dos transportes públicos.
- Defendemos o apoio à ferrovia convencional.
- Defendemos a criação de mais ciclovias e a promoção de formas de mobilidade suave.

6. Com “Os Verdes” pela defesa da paz, das liberdades e dos direitos fundamentais
Os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, que representam importantes conquistas civilizacionais, têm vindo a ser postos em causa, através de verdadeiros retrocessos e limitações . Exemplo claro disso foi a tentativa de imposição aos portugueses do Tratado de Lisboa, que o PS ao contrário do que havia prometido, não permitiu que os Portugueses sobre o assunto se pronunciassem.

Os cidadãos com deficiência ou com mobilidade reduzida continuam a ver os seus direitos negados. Continua a haver situações de discriminação na nossa sociedade por questões de género, cor, orientação sexual ou religião.

Nos últimos anos testemunhámos grandes perigos para a paz invocando, hipocritamente, o combate ao terrorismo e a defesa da democracia para legitimar ilegalidades e crimes contra a humanidade.

- “Os Verdes” defendem uma sociedade de igualdade, solidariedade, estabilidade e paz.
- Defendemos o reforço da democracia, da protecção dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.

7. Com “Os Verdes” na defesa do produzir local, consumir local

Portugal importa, hoje, mais de 75% do que consome.

Os sectores produtivos estão fragilizados devido a políticas que não visam um efectivo apoio e investimento, mas antes apoiam economias mais fortes.

Esta situação debilita a economia nacional, acentua a nossa dependência e põe em causa a nossa soberania alimentar, arruína as micro, pequenas e médias empresas, destrói postos de trabalho, e não permite o escoamento dos nossos produtos, além de agravar o despovoamento e aumentar as emissões de CO2, devido ao transporte de mercadorias.

- “Os Verdes” defendem a promoção e o incentivo à produção e ao consumo local.
- Defendemos um maior apoio à agricultura e às pescas.
- Defendemos uma reforma da Política Agrícola Comum e da Politica Comum de Pescas que tenha em conta as especificidades nacionais.
- Opomo-nos ao cultivo de Organismos Geneticamente Modificados e a utilização de transgénicos na alimentação animal ou humana.
- Defendemos a criação de condições de apoio ao sector cooperativo.

8. Com “Os Verdes” pela protecção do ambiente e a conservação da natureza

É responsabilidade inalienável do Estado assegurar uma política de protecção e de valorização ambiental, mas os governos têm encarado o ambiente sob uma perspectiva económica, visando lucros à custa do futuro do planeta, e não como um direito tal como consagrado na Constituição da República Portuguesa.

Têm sido apresentadas medidas avulsas, inconsistentes e pouco eficazes na preservação do ambiente e dos recursos naturais, o que traz graves consequências para a qualidade de vida e os ecossistemas.

- “Os Verdes” defendem uma verdadeira e coerente política de ambiente, com reais investimentos na protecção do ambiente e na conservação da biodiversidade.
- Defendemos políticas de desenvolvimento e de ordenamento do território que permitam a utilização sustentável dos recursos naturais, em harmonia com a actividade humana e o respeito pelas Reservas Agrícola e Ecológica Nacionais.
- Defendemos a implementação de medidas para o combate às alterações climáticas.
- Defendemos o desenvolvimento da floresta nacional, assegurando um ordenamento com base na diversificação das espécies, na protecção dos ecossistemas e em medidas efectivas de prevenção e combate aos fogos florestais.




A voz de “Os Verdes” tem-se feito ouvir na Assembleia da República onde defendemos políticas orientadas para a melhoria das condições de vida de todos os portugueses, salvaguardando o ambiente, valorizando a produção nacional e defendendo um sector público eficiente, de qualidade e acessível a todos.

“Os Verdes” têm denunciado e combatido constantemente os problemas e as ofensivas que afectam os portugueses e a degradação do ambiente e da qualidade de vida.

“Os Verdes” têm estado ao lado das populações a defender um desenvolvimento sustentável e a apresentar propostas que garantam mais justiça social.

Tem sido este o nosso trabalho e o nosso compromisso é assim continuar!

No dia 27 de Setembro
Vota Verde, Vota CDU

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

ESTAREMOS EM PERIGO NOS AÇORES?

É certo e sabido que o arrefecimento global é algo que afecta todo o mundo, senão não seria global... Os Açores pela sua localização geográfica estão muito vulneráveis a qualquer alteração no sistema de correntes do Atlântico, por exemplo. A seca que se tem vindo a sentir já ocorreu noutras alturas, mas poderão ser mais frequentes no futuro e com efeitos ainda mais devastadores. Há que repensar o tipo de exploração que impomos aos nossos solos e a forma como consumimos bens essenciais como a água.

Proponho a leitura da seguinte notícia, publicada no diário on-line PUBLICO, dia 4 de Setembro de 2009.


Gases com efeito de estufa suspendem ciclo natural de arrefecimento do Árctico

04.09.2009
Helena Geraldes

Os gases com efeito de estufa trocaram as voltas ao Árctico e empurraram as suas temperaturas para os níveis mais altos dos últimos dois mil anos, suspendendo um ciclo natural de arrefecimento que deveria ter durado mais quatro mil, segundo um estudo internacional publicado hoje na revista “Science”.

A equipa de cientistas, financiada pela National Science Foundation, estudou as temperaturas sentidas nos últimos dois mil anos daquela região. Até agora apenas existiam dados relativos aos últimos 400 anos. Para isso analisou os sedimentos acumulados em cerca de 20 lagos, os anéis das árvores e os gelos. Estas informações eram tão detalhadas que foi possível reconstruir as temperaturas passadas década por década. Os resultados poderão acicatar o debate entre cépticos e não cépticos das alterações climáticas.

A poluição libertada pela acção humana pôs um fim ao ciclo de arrefecimento que começou há oito mil anos, quando o eixo de rotação da Terra sofreu uma oscilação que a distanciou do Sol. O Árctico passou, então, a receber menos energia solar durante o Verão. As temperaturas do Árctico durante esse período desceram a uma média de 0,2 graus Célsius por século.

Apesar de a distância Sol-Terra se ter mantido durante o século XX, as temperaturas começaram a subir em 1900. Cinquenta anos depois, o Árctico era 0,7 graus Célsius mais quente. Até que a década de 1999 a 2008 registou as mais altas temperaturas dos últimos dois mil anos. Hoje, as temperaturas são 1,2 graus Célsius mais elevadas do que em 1900.

Aos olhos de Darrell Kaufman, da Universidade do Arizona e coordenador do estudo, esta incongruência demonstra que os humanos estão a alterar o clima. “Se não fosse pelo aumento dos gases com efeito de estufa, as temperaturas de Verão no Árctico deveriam ter baixado, gradualmente, ao longo do século XX”, acrescentou Bette Otto-Bliesner, cientista do Centro Nacional para a Investigação Atmosférica, dos Estados Unidos, que participou no estudo.

“A quantidade de energia que recebemos do Sol no século XX continuou a diminuir. Mas a temperatura registou o maior aumento dos últimos dois mil anos”, independentemente das alterações naturais da órbita da Terra, salientou ainda Nicholas P. McKay, da Universidade do Arizona (Tucson) e membro da equipa.

O que já se sabia era que nas últimas décadas, o Árctico aqueceu duas a três vezes mais do que o resto do planeta. Tudo porque a região polar amplifica as alterações climáticas. Quando há menos superfície de neve e gelo para reflectir a energia solar de volta ao espaço, o solo escuro e o oceano que ficam a descoberto absorvem mais energia e aquecem mais.

“Porque sabemos que os fenómenos responsáveis pela ampliação (das alterações climáticas) no Árctico continuam a operar, podemos antever que a tendência se vai manter no próximo século”, estimou Gifford Miller, da Universidade do Colorado e membro da equipa.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Dia Mundial de Luta contra a Desertificação e a Seca





Quarta-feira, dia 17 de Junho, comemora-se o Dia Mundial de Luta contra a Desertificação e a Seca. Este dia deve ser dedicado a uma séria reflexão sobre o futuro do nosso planeta.
As principais causas da desertificação estão associadas ao uso inadequado do solo e da água, especialmente em actividades agropecuárias, na mineração, na irrigação mal planejada e no desmatamento indiscriminado.
Os Açores apesar de serem um paraíso verde, não estão a salvo do risco de desertificação e da seca, sobretudo em ilhas como Santa Maria.
Santa Maria está, por exemplo, a atravessar uma seca importante, como não se via há anos! A água vai faltar nas torneiras e prova disso é já a má qualidade da água nalgumas zonas e a urgência com que a edilidade pôs em marcha um plano de captação de água em novos furos. As pastagens estão secas e não há alimento suficiente para os animais, prova disso foi a venda apressada de gado vivo, antes que este perdesse valor comercial, devido ao emagrecimento.
Santa Maria é uma ilha que merece destaque neste dia, porque corre riscos, riscos graves, de se desertificar, de se mortificar. Temos é de agir, não só hoje mas sempre: contra o uso intensivo dos solos, contra o desmatamento e desflorestação, contra a construção de campos de golfe, contra um turismo mal sustentado!

Antes que seja tarde, mudemos de atitude, pelo nosso planeta!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Os Açores no programa Biosfera.

O programa Biosfera, da RTP, emitido o dia 10 de Junho foi dedicado à biodiversidade e à riqueza natural dos Açores.

O programa pode ser visto no sítio da RTP (http://www.rtp.pt). Aceder através de: TV > TV on line > Programas de Informação > Biosfera > 2009.06.10

O milho transgénico.

Pode ver-se um documentário interessante, em espanhol, sobre milho transgénico em:

http://vimeo.com/5017506

As plantações de milho transgénico em Espanha produzem contaminação genética nas plantações vizinhas. As colheitas de milho da agricultura convencional (ou química) ficam contaminadas pelos transgénicos, obrigando os agricultores a vender o seu milho como “milho transgénico”. A mesma coisa acontece com os agricultores que apostam na agricultura biológica, o modelo de agricultura sustentável. Estes últimos perdem todo o investimento realizado. E ainda perdem a possibilidade de manter, sem contaminação, as sementes das variedades tradicionais, património histórico da agricultura.

As culturas transgénicas são uma ameaça para o ambiente, para a saúde humana e, ainda por cima, para a própria agricultura!

sábado, 30 de maio de 2009

Classificação da ilha das Flores como Reserva da Biosfera.

A ilha das Flores foi incluida na Rede Mundial de Reservas da Biosfera, da UNESCO, tal como anteriormente as ilhas do Corvo e da Graciosa.


***
Ponta Delgada, 26 Maio (Lusa) - A classificação da ilha das Flores, nos Açores, como reserva da biosfera é uma “certificação da qualidade ambiental” daquela ilha, afirmou hoje à Lusa o director regional do Ambiente, Frederico Cardigos.

“Este galardão certifica a qualidade ambiental das Flores e consagra a boa relação dos seus habitantes com o mundo natural”, frisou Frederico Cardigos.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) classificou hoje as Flores como reserva da biosfera, numa decisão do Conselho Coordenador Internacional, que está reunido em Jeju, na Coreia do Sul.

A classificação das Flores foi justificada pelo facto desta ilha açoriana ser a zona que se encontra à superfície de um monte marinho criado por actividade vulcânica que começou há cerca de 10 milhões de anos.

A reserva da biosfera das Flores inclui toda a ilha, que a UNESCO considera ter aspectos paisagísticos, geológicos, ambientais e culturais relevantes, além das áreas marinhas adjacentes.

Na perspectiva do director regional de Ambiente dos Açores, esta distinção “vai permitir o desenvolvimento de actividades amigas do ambiente, que passam a ter um valor acrescido”, mas alertou que “compete às entidades públicas e privadas descobrir como utilizar esta nova ferramenta”.

Frederico Cardigos alertou ainda que a distinção da UNESCO não fará o executivo açoriano esquecer os problemas ambientais que ainda existem na ilha das Flores, nomeadamente ao nível das lixeiras e das pedreiras.

No total, existem a partir de hoje 533 reservas da biosfera em todo o mundo, localizadas em 107 países.

Em Setembro de 2007, a UNESCO tinha classificado as ilhas do Corvo e da Graciosa como reservas da biosfera.

FR
Lusa/fim

terça-feira, 26 de maio de 2009

Ana Paula Simões no Faial e no Pico

Horta, 26 Mai (Lusa) – A candidata dos Partido Ecologista Os Verdes ao Parlamento Europeu, Ana Paula Simões, alertou hoje que as ilhas do Faial e do Pico, nos Açores, têm "poucos vigilantes da natureza" para assegurar a fiscalização de todas as áreas protegidas.

Ana Paula Simões, que hoje reuniu com o núcleo de Vigilantes da Natureza do Faial, frisou que o número de efectivos está "abaixo das necessidades", defendendo a necessidade de um reforço de meios humanos.

A situação é particularmente complicada na ilha do Pico, a segunda maior dos Açores em termos de dimensão, que dispõe apenas um vigilante da natureza para fiscalizar quase 450 quilómetros quadrados, numa ilha que inclui uma zona classificada como Património Mundial da UNESCO.

"Este é um caso gritante", frisou a candidata ecologista, que integra a lista da CDU para o Parlamento Europeu.

O secretário regional do Ambiente, Álamo de Meneses, admitiu recentemente, em declarações à Lusa, o reforço do número de vigilantes da natureza, à medida que forem sendo criados os parques naturais de ilha.

Na altura, Álamo de Menezes apontou o caso da ilha do Pico como uma das situações em que existe carência de efectivos.

O arquipélago dos Açores conta actualmente com 30 vigilantes da natureza, uma carreira criada há nove anos para cuidar das zonas de interesse ambiental.

A candidata do Partido Ecologista Os Verdes esteve segunda-feira no Jardim Botânico do Faial, que reúne uma colecção única de espécies das ilhas da Macaronésia (Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde), tendo prevista para hoje à tarde uma visita à Central de Triagem da Horta, construída pela Câmara Municipal e uma das primeiras do arquipélago.

RF.

Lusa/Fim

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Programa da visita da candidata Ana Paula Simões às ilhas do Faial e do Pico

Dia 25 de Maio

14h 40m - Chegada ao Faial

16h 30m – Visita ao Jardim Botânico do Faial

20h – Jantar informal

 

 

Dia 26 de Maio

10h – Visita ao Núcleo de Vigilantes da Natureza do Faial

14h – Visita à Central de Triagem do Faial  (na companhia do Vereador da C.M.H., José Decq Mota)

21h – Encontro com os jovens que integram o colectivo de “Os Verdes” do Pico, no Café/Bar Dark

 

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Candidata de "Os Verdes" ao Parlamento Europeu visitará o Faial e Pico

A candidata Ana Paula Simões, candidata ao Parlamento Europeu pela CDU, visitará o Faial e o Pico no início da próxima semana.
Para já, e ainda sem confirmações oficiais, esperamos que a referida candidata visite, no Faial, o Jardim Botânico, o Núcleo de Vigilantes da Natureza e o Centro de Triagem da ilha do Faial.
No Pico, vamos reunir, mais uma vez, com os jovens "Verdes "do Pico, no dia 26 de Maio, pelas 21h, no bar do costume...

Eleições Europeias

A candidata ao Parlmento Europeu pelo PEV,  Ana Paula Simões, estará no Faial e no Pico nos dias 25 e 26 de Maio. 
Não devemos perder esta oportunidade para expressarmos as nossas preocupações e esperanças EUROPEIAS!

O programa da visita da referida candidata será divulgada em breve. 

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Comunicado de Imprensa 30-04-2009


 

“OS VERDES” EXIGEM ESCLARECIMENTOS SOBRE MILHO GENETICAMENTE MODIFICADO EM ÉVORA

 

O Deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entregou na Assembleia da República duas perguntas em que pede esclarecimentos ao Governo, através do Ministério do Ambiente e também do Ministério da Agricultura, sobre os ensaios realizados pela multinacional Monsanto, com milho geneticamente modificado, na Herdade da Mitra da Universidade de Évora.

PERGUNTA:

A Herdade da Mitra, da Universidade de Évora (UE) é uma das localizações escolhidas pela Monsanto, multinacional da indústria agroquímica, para vir a efectuar ensaios com milho geneticamente modificado NK 603, resistente a herbicidas à base de glifosato.

O pedido da Monsanto esteve em consulta pública até ao passado dia 3 de Abril. Os ensaios abrangem mais dois locais, um deles privado e também no concelho de Évora, e outro em Salvaterra de Magos, no Núcleo de Ensaios e Controlo de Escaroupim, da Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural.

A única variedade de milho geneticamente modificado que pode ser cultivado na União Europeia (UE) é actualmente a MON 810, também da Monsanto. No caso destes ensaios com o NK 603 avançarem, Portugal antecipa-se à resolução europeia.

De facto, a avaliação pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) do NK 603 do ponto de vista do cultivo está em curso neste momento, e a segurança ambiental desta variedade não está estabelecida a nível europeu.

A Directiva 2001/18 sobre libertação de transgénicos determina especificamente que as autorizações só podem acontecer por etapas, e apenas na medida em que a etapa anterior tenha demonstrado a necessária segurança.

Neste caso, estão a avançar com testes para outros fins antes de fazer testes quanto à segurança ambiental que não são apresentados, de acordo com a Plataforma Transgénicos Fora, no documento da Monsanto. Esta razão, de acordo com a Plataforma, por si só já é suficiente para levar à não autorização dos ensaios.

Por outro lado, a Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos, reunida a 28 de Fevereiro de 2007, aprovou por unanimidade a criação de uma Zona Livre de Transgénicos. Também em Évora, a Comissão Municipal de Ambiente entendeu, por maioria, que a realização dos ensaios em causa seria um erro grave.

Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Exa. o Presidente da Assembleia da República que remeta ao Governo as seguintes perguntas, dirigidas ao Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional:
1. De acordo com o Ministério, o documento da Monsanto apresenta a necessária demonstração da segurança alimentar do NK 603?
2. Em caso negativo, que procedimentos pondera o Ministério promover?
3. O Ministério considera serem compatíveis as decisões da Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos, que aprovou por unanimidade a criação de uma Zona Livre de Transgénicos e, em Évora, a da Comissão Municipal de Ambiente que entendeu, por maioria, que a realização dos ensaios em causa seria um erro grave, com o possível cultivo de transgénicos nestas regiões? 
4. De que modo avalia o Ministério este processo num quadro em que a avaliação pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) do NK 603 do ponto de vista do cultivo está em curso neste momento e a segurança ambiental desta variedade não está estabelecida a nível europeu?

Retirado do link: http://www.osverdes.pt/index01.html

 

Açores: Reintrodução da sorte de varas gera 'pega' entre apoiantes e opositores

Aqui está um tema que merece a nossa participação!

"Lisboa, Portugal 04/05/2009 11:47 (LUSA) 
Temas: Touradas, Política, Parlamento

   

Angra do Heroísmo, 04 Mai (Lusa) - A reintrodução da sorte de varas nas touradas açorianas originou uma 'pega' entre os seus defensores e os que consideram estar em causa os direitos e bem-estar do animal, numa questão a resolver nos parlamentos regional e europeu.

A tradição e a história da existência dos touros e das touradas no arquipélago dos Açores pode ser a 'chave' para que os aficionados das 'corridas picadas' possam levar de vencida esta disputa.

Álvaro Monjardino, jurista e antigo presidente do parlamento açoriano, assegurou à Lusa que a tradição tauromáquica "existe no arquipélago desde o povoamento”, mas a associação ecológica Amigos dos Açores garante que “esta prática nunca foi tradição em qualquer das ilhas açorianas”.

Para sustentar a sua tesa, Monjardino recordou que o historiador terceirense Luís da Silva Ribeiro revelou em 1950 que tinha encontrado “referências escritas a touradas nas constituições sinodais do Bispado de Angra de 1559, para proibir a corrida de toiros nos adros das igrejas”.

As touradas, acrescentou, terão subsistido, particularmente na ilha Terceira, incluindo os touros à corda, que depois se difundiram pelas diversas ilhas e chegaram também ao continente americano, por força dos hábitos dos emigrantes açorianos.

“A ilha Terceira é, certamente, o lugar do mundo com mais intensa tradição e vivência da festa dos touros”, defendeu Álvaro Monjardino.

Os Amigos dos Açores, por seu lado, advogam que a legislação portuguesa proíbe “a sorte de varas e corridas picadas” exceptuando, no entanto, “as tradições que se tenham mantido nos 50 anos anteriores à entrada em vigor da legislação aprovada em Julho de 2002”.

Nesse sentido, antevendo uma eventual aprovação pelo parlamento açoriano da reintrodução das corridas picadas, a associação ecológica enviou ao Parlamento Europeu uma petição para impedir essa prática.

Os Amigos dos Açores queixaram-se também à UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), alegando estar em causa a classificação de Angra do Heroísmo como Património Mundial.

No parlamento regional, onde o assunto será debatido em breve, os deputados dos grupos parlamentares do PS e do PSD vão dispor de liberdade para votar de acordo com a sua "consciência”, como já asseguraram os respectivos líderes partidários, Carlos César e Berta Cabral.

A proposta de diploma que visa a reintrodução da sorte de varas nos Açores tem a assinatura de 26 dos 57 deputados regionais, pelo que precisa apenas mais três votos para ser aprovada por maioria.

Esta iniciativa legislativa, que atravessa quase todo o espectro partidário açoriano e apenas não conta com o apoio de deputados do PCP e do Bloco de Esquerda, surge na sequência do novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores, que atribui competências ao parlamento para legislar sobre esta matéria.

Álvaro Monjardino explicou que, esta questão, “a nível nacional, é uma contra-ordenação, deixando de ser um crime, e, por isso, deixou de ser matéria reservada da Assembleia da República passando a competência regional”.

Na defesa da sorte de varas surge também Arlindo Teles, presidente da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, para quem “os ataques à sorte de varas escondem uma intenção mais profunda, que é o ataque à própria tauromaquia em geral”.

Arlindo Teles preconiza “uma defesa inequívoca da tauromaquia como cultura”, considerando que “a corrida de toiros é o espectáculo cultural mais rico que se conhece” e uma “arte que sublima a vida, baseando-se na dicotomia entre o risco e beleza, tragédia e glória, provação e superação”.

A tauromaquia não é, para este aficionado, “uma actividade marginal da nossa civilização”, pelo contrário, “tem uma enorme importância cultural, histórica, filosófica, económica e social”.

Arlindo Teles aponta os benefícios económicos, desde logo no turismo, “integrados no circuito mundial das feiras taurinas”, superando desse modo “a mediocridade nacional permitindo que o espectáculo se realize com respeito pela sua essência.

O projecto de decreto legislativo regional que, na prática, permitirá a realização da sorte de varas no arquipélago, baixou à Comissão Parlamentar de Assuntos Sociais, que terá que emitir um parecer até 22 de Maio, após o que subirá ao plenário do Parlamento açoriano para discussão e votação.

JAS.

Lusa/fim".

Já agora, gostaria de apresentar mais um texto publicado hoje no jornal Açoriano Oriental.


 

Pelos Açores, contra a sorte de varas



"Enquanto açorianos temos consciência de que a nossa identidade é plural. Somos portugueses perante o mundo, açorianos perante o país e identificamo-nos com a ilha onde nascemos, vivemos ou adoptamos como espaço de referência diária. 
Mas, quando está em jogo a defesa ou a afirmação da unidade, seja nacional ou regional, deixa de estar em causa o lugar, a ilha ou o concelho a que pertencemos.
É recorrente falarmos dos açorianos nas várias ilhas referindo-nos a estereótipos, que associam, por exemplo, o trabalho aos micaelenses, o folguedo aos terceirenses ou que olham os faialenses a partir da marina e dos seus iatistas. Com isso, justificam-se práticas, investimentos ou até iniciativas políticas. 
Um exemplo, actual, é o das touradas picadas que, supostamente, alguns aficionados das lides tauromáquicas pretendem ver legalizadas nos Açores. São sobretudo terceirenses, mas a questão é muito mais abrangente, porque o que está em causa é a aprovação de um Decreto Legislativo Regional que legaliza, na Região Autónoma, uma prática actualmente proibida no todo nacional, por força da Lei n.92/95, de 12 de Setembro, alterada pela Lei n.º19/2002, de 31 de Julho. Nesse quadro legal, que os subscritores pretendem ver aplicado na Região, conta-se a excepção dos “touros de morte” de Barrancos, classificada como tradição praticada de forma ininterrupta durante mais de cinquenta anos, que representa um traço da cultura popular local, fortemente marcada pela vizinhança da fronteira luso-espanhola. 
Os deputados da Assembleia Legislativa dos Açores, libertos de orientações político partidárias irão, brevemente, votar a proposta de legalização da sorte de varas nos Açores. 
Argumentos a favor apelam à capacidade de legislar nesta matéria, que decorre da nova redacção do Estatuto Político Administrativo e alegam ser uma tradição mesmo que descontínua, que foi reintroduzida (ao que parece por uma elite de aficionados) na década de noventa. 
Estou entre os que se negam a votar favoravelmente esta iniciativa, porque a meu ver, a competência legislativa deve ser utilizada na defesa dos valores e do interesse dos Açores como um todo, e não sou sensível à argumentação da tradição, fundamentada em anos de duração ininterrupta ou em práticas que só alguns querem ver repostas. A tradição é uma parcela da Cultura que herdamos mas é susceptível de ser alterada por força dos valores que referenciamos no presente. Veja-se o que aconteceu com o fim da caça ao cachalote, tradição ancestral que foi abolida para defender uma espécie em extinção ou do fim da pesca da toninha que os pescadores utilizavam como isco e que foi considerada um atentado ao ícone de ternura e sensibilidade que se associa aos golfinhos!?
Não restam dúvidas que a sorte de varas é uma prática violenta, de contornos medievais, que não envolve um confronto directo entre o homem e o animal como se observa na tourada, particularmente no toureio a pé, nas pegas ou à corda, esta sim uma tradição fortemente enraizada, sobretudo, nas populações da ilha Terceira. Argumentam os aficionados que está em causa a “melhoria da lide”, ou “apuramento da bravura do animal”, em benefício do espectáculo. 
Num tempo em que se defende o bem-estar animal, em que várias cidades portuguesas e espanholas aprovaram o fim das touradas nos seus redondéis; perante a consagração dos direitos dos Animais, sob a forma de uma Declaração Universal em vigor desde a década de setenta, que implica equivalentes deveres dos seres humanos, a proposta de legalização da sorte de varas, subscrita por vários deputados, deixou de ser uma questão terceirense.
Estamos perante um Decreto que altera o quadro legal da Região e é como açoriana que me manifesto e que votarei contra esta iniciativa. ||"

* Deputada na ALRAA pelo PS