Não pode, a pretexto deste ataque, haver tentativas de extremar medidas securitárias que atentem contra as liberdades e direitos dos cidadãos, ou ser pretexto para extremar discursos numa Europa e num Mundo já de si em crise social e em permanente conflito. Alimentar comportamentos e atitudes de racismo e xenofobia resultará apenas no aumento das tensões sociais, de sentimentos de insegurança e de conflito social. Numa altura em que proliferam cada vez mais grupos de extrema direita, neo-nazis e fascistas que cavalgam num crescente sentimento de insegurança da nossa sociedade. Sentimentos muito empolgados e explorados pela comunicação social.
Estes acontecimentos devem sim obrigar a uma reflexão profunda sobre a pobreza e exclusão social cada vez mais presente na nossas sociedades, e sobre a necessidade vital de fomentar a integração e a cooperação entre povos e culturas. Uma reflexão necessária sobre a premente necessidade de inverter a forma como a Europa, os Estados Unidos da América e a NATO intervêm sobre outros territórios, as ingerências que praticam, e a forma como pretendem ter controlo sobre recursos, nomeadamente minerais, atropelando direitos humanos, e criando crises humanitárias e ecológicas profundas. A proliferação de armamento e a sua circulação pelo Mundo e forma como se financiam grupos radicais, nomeadamente para desestabilizar governos indesejados como aconteceu no Iraque, Líbia, Síria, Afeganistão.
As tensões no médio oriente não serão alheias a esta radicalização onde o conflito Israelo-Árabe tem tido um papel negro. O recente reconhecimento da Palestina, como estado independente e soberano será sem dúvida um passo fundamental para a Paz na região na Europa e no Mundo.
Uma reflexão que se exige sobre a União Europeia, numa altura em que a Grécia deu uma clara derrota às políticas de austeridade e das troikas com os recentes resultados eleitorais. Este é um claro sinal à necessidade de romper com este modelo de desenvolvimento de domínio dos mercados financeiros e das grandes potências sobre os direitos dos povos.
Reflexões que também importa fazer, neste ano que começa, sobre os modelos de desenvolvimento e de dependências nomeadamente do petróleo, que continua como epicentro dos grandes conflitos mundiais e também com o Clima. Uma dependência que mais cedo ou mais tarde terá de terminar e que estará em cima da mesa na cimeira do Clima da ONU, em Paris, no final deste ano.
Este será um novo ano com novos e velhos problemas e aos quais Os Verdes irão estar empenhados em dar o seu melhor por um futuro ecologicamente mais sustentável. Será um ano de eleições antecipadas na Madeira (à data de escrita desta primeira página ainda não tinham sido convocadas pelo Presidente da República). Será ano de Convenção do Partido Ecologista Os Verdes. Será ano de Eleições Legislativas.
Um ano em que os Verdes continuam com as suas jornadas ecologistas. Um ano em que a Luta continua!
Folha Verde nº 91
Janeiro-Fevereiro 2015
Janeiro-Fevereiro 2015
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