A CDU é, antes de mais, a confirmação da capacidade de união de esforços e de convergência da verdadeira esquerda. Uma esquerda que se pauta por valores de grande solidariedade e de grande generosidade. É por isso que a nossa convergência assenta num projeto político de dedicação e de empenho pelo desenvolvimento do país, pelo desenvolvimento das autarquias, pelo bem-estar das gentes, pelo ambiente e pela promoção da qualidade de vida. Os eleitos dos Verdes e da CDU contribuem de forma decisiva para uma gestão rigorosa, transparente e competente das autarquias.
A conjuntura em que se realizam as eleições autárquicas é de tal forma grave que exige o envolvimento de todos aqueles que realmente desejam mudar o rumo de destruição e decadência a que o país foi votado nos últimos anos. Por essa razão estas eleições serão também uma oportunidade para penalizar a política e atuação do Governo PSD-CDS e contribuir para a sua derrota.
É urgente derrotar a destruição do Estado, dos direitos dos cidadãos, do país.
Um País que dramaticamente arde, arde de várias formas, cada vez mais dramáticas. Ciclicamente e dramaticamente o Verão mostra que a floresta continua a ser gerida com uma visão estritamente economicista, de crescimento rápido e, como consequência, de combustão rápida. Resultado de sucessivas opções políticas erradas, que têm levado ao completo abandono da floresta portuguesa, ao que acresce a recente legislação aprovada pelo Governo que vem liberalizar por completo a plantação de eucalipto, agravando ainda mais este barril de pólvora. Um Governo que continua a ignorar a urgência da aplicação de uma política de defesa e conservação da nossa floresta, e de prevenção de incêndios.
Um Governo que justamente foi censurado pelo Partido Ecologista Os Verdes na Assembleia da República.
Um Governo recentemente recauchutado, no culminar de um dos mais degradantes episódios da nossa Democracia e apadrinhado pelo Presidente da República. Recauchutagem que, tenta dar ideia de uma nova equipa e de um novo fôlego, face ao rotundo falhanço de 2 anos de medidas catastróficas, de austeridade cega. Esse mesmo falhanço que levou ao abandono do Ministro das Finanças. Uma recauchutagem que rompe mais uma série de promessas eleitorais e outras declarações irrevogáveis tal como a dos mega ministérios e redução do seu número e que vê agora a sua desmultiplicação.
Esta recauchutagem não pode ser pretexto para manter o Governo e permitir que chegue ao fim da legislatura, pois só irá agravar a recessão do país, só irá aumentar as negociatas e esquemas sórdidos que têm espoliado o Estado, as empresas e serviços públicos, os dinheiros dos contribuintes, e assim continuarão.
É esta Luta que tem de ser empreendida e que as eleições autárquicas também incorporam. Daí que valorizar todos aqueles que se disponibilizaram para incorporar candidaturas da CDU nunca é demais, pois eles representam uma alternativa e uma forma diferente de envolver a política e de participar na gestão da coisa pública, porque incorporam um projeto plural e participado que, com diferentes componentes, incorpora convergências de forças com uma vontade determinada de construir e defender o poder Local como uma das maiores conquistas da revolução de Abril e da nossa Democracia e que a todo o custo deve ser defendido.
Folha Verde nº 83
Setembro-Outubro de 2013
Setembro-Outubro de 2013
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